Depois de duas quedas mensais consecutivas, a venda de imóveis usados na cidade de São Paulo aumentou 29,26% em dezembro, segundo balanço do CRECI/SP ( Conselho Regional de Corretores de Imóveis de São Paulo ) divulgado nesta sexta-feira (28).
Ao todo, no último mês do ano passado, foram vendidos 256 imóveis usados, segundo a pesquisa com 509 imobiliárias da cidade. Em novembro, os negócios de casas e apartamentos usados recuaram 2,91% e 25,59% em outubro.
A maioria das vendas envolveu apartamentos, com 149 unidades comercializadas (58,2%). Em relação às casa, 107 unidades foram vendias em dezembro (41,8%).
A maior parte dos proprietários financiou a compra do imóvel, segundo o Creci-SP: 53,18% dos negócios foram feitos nesses moldes. Por outro lado, 45,24% do total liquidaram a dívida à vista. Por fim, 1,19% dos negócios foram efetivados pelas próprias imobiliárias e apenas 0,40% foram vendidos por meio de cartas de crédito de consórcios.
Os imóveis mais vendidos da capital paulista continuam sendo aqueles de valor superior a R$ 200 mil, como ocorreu em outubro e em novembro. Esse tipo de casa ou apartamento ficou com uma fatia de 62,25% dos contratos.
O maior aumento de preços registrado pela pesquisa CRECI/SP em dezembro foi o de casas de padrão médio, com até sete anos de construção e localizadas em bairros como Aclimação, Brooklin, Cerqueira César, Consolação, Paraíso, Pinheiros, Pompéia, Sumaré, Sumarezinho, Vila Madalena, Vila Mariana, Vila Olímpia.
O preço médio de venda nesses bairros passou de R$ 1.679,11 o metro quadrado em novembro para R$ 2.687,50 em dezembro, alta de 60%.
Os imóveis com maior desvalorização em dezembro foram as casas de padrão luxo, também com sete anos de construção e situadas em áreas nobres como Alto de Pinheiros, Campo Belo, Higienópolis, Itaim Bibi, Moema, Pacaembu e Perdizes.
O preço médio do metro quadrado nesses bairros recuou 25,7%, de R$ 4.907,22 em novembro para R$ 3.645,83 em dezembro.
ALUGUEL
Os aluguéis residenciais na cidade ficaram 13,4% mais caros em 2010 e superaram até o aumento da inflação entre janeiro e dezembro. O número é o maior para o período desde 2004, quando o SECOVI/SP (Sindicato da Habitação) iniciou a pesquisa, e é resultado direto da falta de casas e apartamentos para alugar na cidade.
Em outras palavras, equivale a dizer que o inquilino que pagava R$ 1.000 por uma casa em dezembro de 2009, no fim do ano passado viu o contrato do imóvel ser reajustado para R$ 1.134,00.
Até então, o maior aumento já visto entre janeiro e dezembro havia ocorrido em 2008. Na ocasião, o reajuste dos contratos em 12 meses havia sido de 12,4%. Na mesma comparação, o contrato de R$ 1.000 iria a R$ 1.124,00.
A inflação medida pelo IGP-M (Índice Geral de Preços do Mercado) ficou em 11,3% entre janeiro e dezembro do ano passado. O indicador é usado como base para os reajustes de 9 em cada 10 contratos de aluguel na cidade.
O aumento superior à variação anual do IGP-M é consequência da falta de imóveis para alugar na cidade de São Paulo. Esse leve incremento pode ter como causa o crescimento das devoluções e o consequente atendimento de listas de espera de candidatos.
A Lei do Inquilinato, que completou um ano nesta terça-feira (25), foi uma das responsáveis por essas devoluções. Com o despejo mais rápido, em média de oito meses, o proprietário ganhou mais poder de barganha no mercado, já que se o inquilino atrasa o pagamento, por mais de uma vez em menos de 24 meses pode ser despejado.
De acordo com o Presidente do Secovi/SP João Crestana, as novas regras têm forçado os inquilinos a cumprirem os contratos. Segundo dados da instituição, desde a criação da lei o calote teve queda de 30% no ano passado, na comparação com 2009.
Os valores do aluguel estiveram em alta também porque durante muito tempo variaram menos do que os índices inflacionários.
De 1998 a 2002, o aluguel novo oscilou só 10%, ao passo que a inflação oficial, medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) totalizou 42%. Em 2003 e 2004, os dois indicadores ficaram emparelhados e a partir de 2005 os valores de locação sofreram aumentos reais em função da escassez de produtos.
Só em dezembro, o preço dos contratos residenciais aumentou 1,9%, como mostra a pesquisa do Secovi. No mês, os imóveis de um quarto foram os que mais aumentaram (3,5%, em média). Os preços dos aluguéis de lares com dois quartos subiram 0,8%. As unidades de três quartos ficaram 1,3% mais caras.
O fiador foi a garantia mais utilizada nos contratos de locação em dezembro, respondendo por metade dos contratos efetuados. O depósito foi usado em 30% dos imóveis locados, ao passo que 1 em cada 5 moradias alugadas usou o seguro-fiança.
Os proprietários de casas e sobrados locaram seus imóveis mais rapidamente, com um intervalo de 12 a 28 dias. Já os apartamentos escoaram num ritmo menor, o IVL (Índice de Velocidade de Locação), que mede em número de dias quanto tempo demora um imóvel vago para estar locado, variou de 18 a 37 dias.
Fonte : Conselho Regional de Corretores de Imóveis de SP.
Fonte : R7.com
Assessoria de Comunicação do Corretor Marcelo Gil. 28.01.2011
****************************************************************************************************************************
ACOMPANHE ESTE BLOG PELO TWITTER, ACESSE :
Nenhum comentário:
Postar um comentário