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terça-feira, 26 de janeiro de 2010

IRMÃOS DO BRASIL !!!


Os livros de história ensinam que a nossa separação de Portugal, em 1822, foi tramada e decidida dentro das lojas maçonicas nos meses que antecederam o Grito do Ipiranga. É verdade. Mas não foi uma decisão, e sim um debate acalorado. Dependendo do que a loja decidisse é possível que o jovem príncipe regente não virasse o Imperador Pedro I.

Em 1822, a maçonaria brasileira estava dividida em duas grandes facções. Ambas queriam a independência, mas uma defendia idéias republicanas, enquanto a outra, de José Bonifácio de Andrada e Silva, achava que a solução era manter dom Pedro como Imperador em uma monarquia constitucional.

Os grupos disputaram o poder de forma passional, envolvendo "prisões", "perseguições", "exílios e expurgos" de um grupo contra o outro.

Interessado em vigiar e controlar os grupos políticos da época, dom Pedro participou ativamente das duas facções, a de José Bonifácio não funcionava em lojas, mas em palestras, batizadas significamente de "INDEPENDÊNCIA OU MORTE", "UNIÃO E TRANQUILIDADE", e "FIRMEZA E LEALDADE".

Eleito arconte rei na primeira sessão, dom Pedro jurou promover com todas as forças e à custa da própria vida e fazenda a integridade, independência e felicidade do Brasil como reino constitucional, opondo-se tanto ao despotismo que o altera como à anarquia que o dissolve. Era o programa de governo de José Bonifácio.

Na maçonaria foram estudadas, discutidas e aprovadas várias decisões importantes no processo de independência, como o manisfesto que resultou no Dia do Fico (9 de Janeiro de 1822) e os detalhes da aclamação de dom Pedro como Imperador no dia 12 de Outubro.

Isso não quer dizer que a independência foi produto único e direto das atividades dos maçons. Na verdade, a maçonaria usou e foi usada pelos diferentes grupos de pressão na época, de acordo com as circunstâncias do momento.

( Matéria de LAURENTINO GOMES. Publicada na Revista Super Interessante, Edição 272 ).

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