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quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Adidas suspende propaganda de blusas com conotação sexual da Copa do Mundo no Brasil





A fabricante de material esportivo Adidas informou nesta terça-feira (25) que suspendeu as vendas de modelos de camisetas feitas para a Copa, e que continham conotação sexual.

As peças, à venda no site da empresa nos Estados Unidos, irritaram o governo brasileiro. A coleção pegou tão mal que motivou a presidente da República, Dilma Rousseff, a escrever no Twitter que o país não aceita e está pronto para combater o turismo sexual.




Blusas com vendas suspensas pela Adidas



"A Adidas sempre acompanha de perto a opinião dos consumidores e parceiros, e em resposta aos seus comentários anuncia que os produtos em questão não mais serão comercializados pela marca. É importante frisar que trata-se de uma edição limitada que estaria disponível apenas para os Estados Unidos", afirmou a empresa, em nota enviada ao G1.

Em uma das camisetas há o desenho de um coração e um triângulo no meio, dando a impressão de que são nádegas com um biquíni fio dental, e a frase: "I love Brazil" (Eu amo o Brasil).

Na outra, há o desenho de uma garota, também de biquíni, com a frase "Lookin' to score", que pode ser traduzida como "Atrás de pegar garotas". Ambas estavam sendo vendidas na faixa de US$ 25 (perto de R$ 60).


Crítica da Embratur

Mais cedo, o o presidente do Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur), Flávio Dino, afirmou ter procurado a Adidas para pedir a retirada das peças do mercado. "Essa campanha vai no sentido contrário ao que o Brasil defende. Nosso esforço é voltado para a promoção do Brasil pelos atributos naturais e culturais", disse.

Após o anúncio da suspensão das vendas, Dino relatou que a empresa entrou em contato com o governo brasileiro e pediu desculpas. “Felizmente, prevaleceu o bom senso, e a própria empresa viu que era uma prática comercial totalmente lesiva no que se refere ao mercado brasileiro, mas também em relação a outros mercados, porque seguramente essa preocupação que nós temos não é restrita ao Brasil”, declarou.


Dilma reclamou

A polêmica linha de camisetas fez a presidente Dilma se posicionar em sua conta no Twitter. Ela não cita diretamente os produtos ou a Adidas, mas, em quatro mensagens, fala sobre a política contra exploração sexual que trava o país. Na primeira delas, declarou que "O Brasil está feliz em receber turistas que chegarão para a Copa, mas também está pronto para combater o turismo sexual".

O presidente da Embratur afirmou que o governo estará atento e que poderá, inclusive, procurar tribunais internacionais se algo semelhante voltar a acontecer. Para evitar novas situações semelhantes, deverá se reunir com patrocinadores e parceiros da Copa de 2014. Além da Embratur, devem participar as secretarias de Direitos Humanos e de Promoção de Políticas para as Mulheres. Ainda não há previsão de quando será realizada a reunião.

"Nós queremos que a Copa seja um sucesso, mas não de qualquer jeito. Nós não vamos aceitar que as pessoas venham para a Copa achando que aqui não tem lei. Aqui tem lei, e elas serão cumpridas", advertiu.

Na avaliação do presidente da Embratur, tem diminuído a procura pelo Brasil como destino de turismo sexual. O dirigente relatou que as estatísticas usadas pelo instituto são baseadas em denúncias e, em 2013, somente um caso foi detectado. Uma empresa nos Estados Unidos estava vendendo pacotes para turismo de pesca, mas foi constatado que o objetivo era a procura de mulheres.

Foi somente um caso? Seguramente não, infelizmente. Mas é algo declinante. Faço questão de reafirmar que tirando uma ou outra situação, há uma compreensão bastante clara e bastante firme em torno desta questão e um trabalho articulado de procurar seja pela prevenção, seja pela dissuasão e também pela repressão”.


Material oficial de turismo com apelo sexual

O caso das camisetas do Brasil com conotação sexual, que veio à tona esta semana, gerou forte repercussão negativa, levando até a presidente Dilma Rousseff a se manifestar. No passado, no entanto, a fama de sensualidade da mulher brasileira chegou a ser usada em campanhas oficiais para atrair estrangeiros ao país.

Prova disso é o material de divulgação da Embratur (Instituto Brasileiro de Turismo) levantado pela profissional de turismo Kelly Kajihara, pesquisadora da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), para seu trabalho de graduação na Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP). Ela reuniu publicações desde a criação do órgão, em 1966, até 2008, quando a pesquisa foi produzida.

A conclusão da estudante foi que, especialmente nas décadas de 1970 e 1980, e até meados da década de 1990, os folhetos oficiais de promoção do Brasil para estrangeiros exploravam a mulher como um atrativo turístico. “Em muitas publicações oficiais, a imagem da mulher era o centro do material de divulgação, sem contexto, sem nada. Você não sabia onde ela estava, só aparecia o corpo da mulher”, afirma.


Imagem histórica

Kajihara explica que, segundo sua pesquisa, essa imagem já vinha sendo gestada desde a época do Brasil colônia, quando o país era descrito pelos portugueses como um paraíso exótico de índias seminuas. A partir da década de 1930, com a ampliação da comunicação de massa, o estereótipo do país do carnaval, da alegria e das mulheres bonitas se consolidou.

Segundo o presidente da Embratur, Flavio Dino, a orientação do órgão na atualidade é que imagens com apelo sexual sejam evitadas na divulgação do Brasil no exterior, e que o foco fique nos atrativos naturais e culturais do país. “Isso foi eliminado hoje. Há um cuidado de não haver a exposição do corpo, de moças de biquíni. As pessoas que aparecem nas peças publicitárias estão sempre vestidas, mesmo na praia ou no samba”, disse.

O órgão condenou publicamente a camiseta com alusão sexual da Adidas e pediu, em carta, sua retirada de circulação. Em entrevista coletiva, Dino disse que as patrocinadoras da Copa do Mundo devem seguir os parâmetros utilizados pelo governo há “mais de uma década” – entre eles, o de “não tratar os corpos de homens e mulheres brasileiros como atrativos turísticos”.

Kelly Kajihara considera que o caso das camisetas da Adidas não é isolado. “O governo mudou a estratégia. Mas é muito difícil mudar um estereótipo, e esse caso é um reflexo de que o Brasil continua sendo visto dessa forma”, diz.


Guia da Embratur de 1977


Guia da Embratur - 1978


Fonte: G1 e Embratur.

Tópico elaborado por Marcelo Gil.


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História do Guarujá nos seus 120 anos de fundação.


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Marcelo Gil é Corretor de Imóveis desde 1998, registrado no Cadastro Nacional de Avaliadores do Cofeci. Especialista em Financiamento Imobiliário e Perito em Avaliações Imobiliárias com atuação no Poder Judiciário do Estado de São Paulo. Pós-graduando em Docência no Ensino Superior no Centro Universitário SENAC. Gestor Ambiental, inscrito no Conselho Regional de Química da IV Região, e no Conselho Regional de Administração de São Paulo, graduado pela Universidade Católica de Santos com Menção Honrosa na área ambiental, atribuída pelo Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas - IPECI, pela construção e repercussão internacional do Blog Gestão Ambiental da Unisantos. Técnico em Turismo Internacional desde 1999. Pesquisador. Agente Intermediador de Negócios. Associado a Associação Brasileira de Defesa do Consumidor - ProTeste. Associado ao Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor - IDEC. Membro da Academia Transdisciplinaria Internacional del Ambiente - ATINA; Membro da Estratégia Global Housing para o Ano 2025. Membro do Fórum Urbano Mundial - Urban Gateway. Membro da Rede Social Brasileira por Cidades Justas e Sustentáveis. Membro do Grupo de Pesquisa 'Direito e Biodiversidade' da Universidade Católica de Santos. Membro da Rede de Educação Ambiental da Baixada Santista - REABS. Filiado a Fundação SOS Mata Atlântica e Colaborador do Greenpeace Brasil.

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Um comentário:

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