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Homens na faixa dos 30 e poucos anos e que ganham acima de seis salários mínimos são a maioria dos compradores de imóveis no Estado do Rio . O perfil foi traçado a partir de um levantamento feito entre os mutuários da Caixa Econômica Federal, que mostra que 35% dos tomadores de crédito imobiliário hoje têm até 30 anos.
Um reflexo direto, segundo a instituição, do aumento de renda e da maior estabilidade no emprego obtida nos últimos anos por brasileiros, embora grande parte dos jovens esteja atrasando sua entrada no mercado de trabalho, para completar os estudos em cursos de pós-graduação.
As previsões para o ano indicam que mutuários de até 35 anos de idade deverão representar 57% ao longo de 2014, como ano passado, contra 55% de dez anos atrás. Apesar desse avanço, o primeiro trimestre não foi dos melhores para a Caixa: aqui no Rio, em relação aos três primeiros meses de 2013, o número de contratos fechados caiu 15,3% e o volume desembolsado, 5,5%. Agora, foram concedidos 138.907 empréstimos, num total de R$ 18,35 bilhões, contra 163.964 contratos fechados e R$ 19,42 bilhões liberados entre janeiro e março do ano passado.
O banco, que concentra 68% de toda a carteira de financiamento de imóveis do país, estará realizando em 13 cidades, até o dia 25, seu Feirão da Casa Própria e conta com ele para melhorar seus resultados este ano.
"Depois de tantos anos de forte expansão, essa redução é natural. Além disso, tivemos muitos feriados. Mas o feirão é um indutor de negócios, e, certamente, no segundo semestre, após a Copa, os negócios vão melhorar" avalia Sergio Sales, gerente regional de Construção Civil da Caixa, no Rio, acrescentando que a instituição mantém a previsão de crescimento de cerca de 15% no volume de crédito este ano.
Entre os negócios fechados até aqui, os homens contrataram 63,6% dos empréstimos do trimestre e aqueles com renda superior a seis salários somaram 51,5% do total.
"A gente tem mais pessoas nessa faixa de renda, o que acaba gerando uma procura maior por imóveis também. Como as pessoas estão se sentindo mais seguras, com maior estabilidade no emprego, perdem o medo de entrar num financiamento de longo prazo" explica Sales.
Os números batem com outra pesquisa, feita pela imobiliária Lopes. Segundo o levantamento, 70% dos clientes têm entre 25 e 49 anos, com predominância da faixa etária entre 30 e 34 anos que soma 19% dos 1.260 entrevistados entre os compradores de empreendimentos residenciais verticais do Rio . O estudo mostrou ainda que 67% são homens e 49%, solteiros.
"O imóvel é um investimento seguro, principalmente para esse comprador jovem, em busca da independência financeira. Ele significa o início de formação de um patrimônio ao mesmo tempo que pode gerar rentabilidade" analisa Fabio Pacheco, diretor da Lopes no Rio.
Vendas e lançamentos em ritmo mais lento
Embora os números indiquem que o mercado já anda a passos mais lentos, houve ganho expressivo no número de lançamentos nesse primeiro trimestre: 32,5% em relação ao primeiro trimestre de 2013. A alta, entretanto, foi puxada pelos imóveis comerciais, que cresceram 51% sobre os três primeiros meses do ano passado, enquanto os residenciais aumentaram 20%, o que surpreendeu até mesmo ao presidente da Associação dos Dirigentes do Mercado Imobiliário (Ademi- RJ), João Paulo de Matos:
"É difícil dizer ao certo o que aconteceu. De fato, os dois primeiros meses do ano foram muito bons, o que não é comum. Talvez, alguns empresários tenham transferido lançamentos do fim do ano passado, para este ano. E o carnaval, apenas em março, também contribuiu".
Dono da Calçada, o próprio João Paulo de Matos lançou mão da estratégia de atrasar o lançamento de um dos seus empreendimentos, em fins de 2013, para o início deste ano. Já a RJZ Cyrela antecipou para fevereiro o lançamento de dois empreendimentos que aconteceriam ao longo do ano, justamente por conta dos feriados, da Copa do Mundo e das eleições.
Tanto assim, que o mercado não espera que esse bom resultado do primeiro trimestre se repita ao longo do ano. "O segundo trimestre certamente será mais fraco que o primeiro e não acredito numa recuperação ao longo do ano, não. O número de lançamentos este ano deve crescer em torno de 5% em relação ao ano passado" diz Matos.
É que já existe um maior equilíbrio entre oferta e demanda e, com isso, a velocidade de vendas diminuiu. "Não é mais aquele tsunami dos últimos cinco anos em que mal chegava ao mercado e o empreendimento já estava todo vendido. Agora, as vendas voltaram a patamares normais: cerca de 20% a 30% no lançamento, a maior parte durante a obra e alguns imóveis depois de prontos. O imóvel sempre será um grande ativo para o brasileiro. Nos últimos anos, ele estava sendo usado como moeda. Isso acabou. Mas continuará sendo visto como um investimento seguro" explica Rubem Vasconcelos, presidente da Patrimóvel, rechaçando a ideia de que as vendas mais lentas possam ser um primeiro sinal de estouro de uma bolha imobiliária.
Outro fator que vem preocupando especialistas é que o preço dos imóveis continua subindo acima da inflação. Até o Nobel de economia, Robert Shiller, conhecido caçador de bolhas econômicas, questionou esse crescimento elevado.
O valor médio do metro quadrado chegou a R$ 9.145 em março deste ano, segundo o Secovi Rio, um aumento de 11,8% em relação a março do ano passado, enquanto a inflação do período, medida pelo IPCA, foi de 6,65%.
"Acreditar em bolha é dizer que todo o sistema de crédito do Brasil está errado. Países europeus que tiveram bolha, como a Espanha, estão adotando métodos que o Brasil já usa há anos como limitar o financiamento a 80% do valor do imóvel e proibir a segunda hipoteca" diz Matos, presidente da Ademi- RJ.
Fonte: Secovi-RJ.
Tópico elaborado por Marcelo GiL.
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Marcelo Gil é Conciliador e Mediador Judicial capacitado pela Universidade Católica de Santos, nos termos da Resolução 125, de 2010, do Conselho Nacional de Justiça. Corretor de Imóveis desde 1998, registrado no Cadastro Nacional de Avaliadores do Cofeci. Especialista em Financiamento Imobiliário e Perito em Avaliações Imobiliárias com atuação no Poder Judiciário do Estado de São Paulo. Pós-graduando em Docência no Ensino Superior no Centro Universitário SENAC. Gestor Ambiental, inscrito no Conselho Regional de Química da IV Região, e no Conselho Regional de Administração de São Paulo, graduado pela Universidade Católica de Santos com Menção Honrosa na área ambiental, atribuída pelo Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas - IPECI, pela construção e repercussão internacional do Blog Gestão Ambiental da Unisantos. Técnico em Turismo Internacional desde 1999. Pesquisador. Agente Intermediador de Negócios. Associado a Associação Brasileira de Defesa do Consumidor - ProTeste. Associado ao Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor - IDEC. Membro da Academia Transdisciplinaria Internacional del Ambiente - ATINA; Membro da Estratégia Global Housing para o Ano 2025. Membro do Fórum Urbano Mundial - Urban Gateway. Membro da Rede Social Brasileira por Cidades Justas e Sustentáveis. Membro do Grupo de Pesquisa 'Direito e Biodiversidade' da Universidade Católica de Santos. Membro da Rede de Educação Ambiental da Baixada Santista - REABS. Filiado a Fundação SOS Mata Atlântica e Colaborador do Greenpeace Brasil.
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