Imagem ilustrativa - Corcovado / Rio de Janeiro |
A reedição de conflitos entre traficantes e policiais nos complexos do Alemão e da Maré, na Zona Norte do Rio, começa a repercutir de forma negativa no mercado imobiliário da região. A avaliação é do engenheiro Eduardo Pompéia, da Bolsa de Imóveis do Rio de Janeiro (Birj), para quem a política de segurança pública do governo do estado é a mola-mestra que ajuda a impulsionar a alta ou a baixa de preços nas áreas em que há morros e favelas. A Secretaria de Segurança não quis falar sobre o assunto.
“Os imóveis no entorno de comunidades acompanharam a valorização do mercado. Mas, nas áreas com UPP, essa valorização foi ainda maior, os preços chegaram a ficar exorbitantes quando começou a pacificação. O aspecto da possível fragilidade das UPPs fez com que o mercado se movimentasse negativamente. Até mesmo comunidades estabilizadas, como o Dona Marta, em Botafogo, podem sentir uma espécie de efeito dominó se as pessoas começarem a duvidar da pacificação”, garante Pompéia.
O engenheiro ilustra sua avaliação com um exemplo. Antes da ocupação da Maré, em Bonsucesso, um prédio comercial na Rua 29 de Julho estava avaliado em R$ 2,4 milhões. Com a entrada da polícia no complexo, o valor se elevou 30%. Depois do reinício dos confrontos, em junho passado, uma redução de 20% no valor já foi detectada.
Vice-presidente do Sindicato da Habitação (Secovi Rio), Leonardo Schneider concorda que o fato de o tráfico querer retomar comunidades pacificadas ou ocupadas afeta o mercado imobiliário, mas ressalva que ainda é cedo para se ter certeza.
“A questão da segurança pública foi um dos pilares da valorização dos imóveis, principalmente nas zonas Norte e Sul. A política parecia consolidada e, até bem pouco tempo atrás, a sensação era de realidade imutável, o que fez os imóveis se valorizarem e ganharem liquidez”, acentua Schneider.
E completa: “Os morros da Tijuca estão pacificados. Mas se o tráfico quiser retomar as comunidades, a sociedade vai questionar a política de segurança e poderá haver ameaça à liquidez dos imóveis e ao preço. A população tem que sentir firmeza e apoio do governo às UPPs. Naturalmente, há muito que se melhorar, mas nos últimos anos foi uma das melhores políticas implementadas”, acentua Schneider.
Em Copacabana, onde há poucos dias também ocorreram duros conflitos entre moradores e policiais militares, as negociações de imóveis ainda não deram mostras de arrefecimento, como no Alemão e na Maré. “Quando acontecem esses tumultos, há retração nas vendas. Mas logo depois volta ao normal. É algo momentâneo”, afirma Maria José da Silva, gerente da Pacífica Administradora de Imóveis. “Na verdade, o mercado todo está passando por uma crise”, sintetiza André Medeiros, da Foco Imobiliária.
Fonte: Secovi do Rio de Janeiro.
Tópico elaborado por Marcelo GiL.
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Marcelo Gil é Conciliador e Mediador Judicial capacitado pela Universidade Católica de Santos, nos termos da Resolução 125, de 2010, do Conselho Nacional de Justiça. Corretor de Imóveis desde 1998, registrado no Cadastro Nacional de Avaliadores do Cofeci. Especialista em Financiamento Imobiliário e Perito em Avaliações Imobiliárias com atuação no Poder Judiciário do Estado de São Paulo. Pós-graduando em Docência no Ensino Superior no Centro Universitário SENAC. Gestor Ambiental, inscrito no Conselho Regional de Química da IV Região, e no Conselho Regional de Administração de São Paulo, graduado pela Universidade Católica de Santos com Menção Honrosa na área ambiental, atribuída pelo Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas - IPECI, pela construção e repercussão internacional do Blog Gestão Ambiental da Unisantos. Técnico em Turismo Internacional desde 1999. Pesquisador. Agente Intermediador de Negócios. Associado a Associação Brasileira de Defesa do Consumidor - ProTeste. Associado ao Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor - IDEC. Membro da Academia Transdisciplinaria Internacional del Ambiente - ATINA; Membro da Estratégia Global Housing para o Ano 2025. Membro do Fórum Urbano Mundial - Urban Gateway. Membro da Rede Social Brasileira por Cidades Justas e Sustentáveis. Membro do Grupo de Pesquisa 'Direito e Biodiversidade' da Universidade Católica de Santos. Membro da Rede de Educação Ambiental da Baixada Santista - REABS. Filiado a Fundação SOS Mata Atlântica e Colaborador do Greenpeace Brasil.
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